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Cúpula do Mercosul debate tarifa zero para Chile, Colômbia e Peru

28 de julho de 2014

Proposta brasileira prevê antecipar de 2019 para 2014 a liberalização comercial com os três países vizinhos, que integram a Aliança do Pacífico. Crise argentina e o conflito em Gaza também serão debatidos.

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Presidentes Evo Morales, Cristina Kirchner, José Mujica, Dilma Rousseff e Nicolas Maduro na cúpula de Montevidéu, em 2013Foto: Miguel Rojo/AFP/Getty Images

O governo brasileiro proporá, durante a reunião de cúpula do Mercosul em Caracas, nesta terça-feira (29/07), antecipar para este ano a entrada em vigência da tarifa zero para as importações entre os países do bloco – formado por Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai e Venezuela – e Chile, Colômbia e Peru.

O bloco já tem acordos de redução de tarifas com esses três países, e, por esses acordos, a tarifa zero passaria a vigorar ao final de 2019. Segundo o subsecretário-geral para a América do Sul, Central e Caribe do Ministério das Relações Exteriores, Antonio Simões, o objetivo é incrementar o comércio entre o bloco e os três países vizinhos.

"É um comércio importante, pois envolve produtos manufaturados, que são de alto valor agregado e estimulam a criação de empregos formais", comentou Simões. Segundo o Ministério das Relações Exteriores, entre 2002 e 2013, o comércio do Mercosul com a Colômbia aumentou cerca de 300%, com o Peru, 389%, e com o Chile, 200%.

"O Brasil levantou esses pontos, e os três países já manifestaram o desejo de trabalhar na liberalização do comércio. É claro que vamos ver como fica isso para os demais países do Mercosul e depois para os demais países com os quais queremos trabalhar", declarou Simões.

Colômbia Peru e Chile integram a Aliança do Pacífico, bloco comercial que inclui ainda o México e a Costa Rica. A proposta é realizar uma reunião com a Aliança do Pacífico antes de dezembro. O Mercosul tem também acordos de liberalização comercial com a Bolívia e o Equador.

Outro tema do encontro deverá ser a situação na Argentina. A presidente Cristina Fernández de Kirchner pretende convencer seus parceiros de bloco a apoiá-la na luta contra os fundos de investimento que exigem o pagamento integral de títulos que remontam ao calote de 2001. A Argentina tem até esta quinta-feira para chegar a um acordo com esses fundos de investimento.

Depois do atrito diplomático entre Brasil e Israel, é muito provável que a crise em Gaza também seja tema da cúpula em Caracas.

A cúpula do Mercosul será nesta terça-feira em Caracas. Na segunda-feira ocorrem as reuniões entre os ministros do Exterior. Além de Cristina Kirchner, participam os presidentes do Brasil; Dilma Rousseff, do Paraguai; Horacio Cartes, do Uruguai, José Mujica, e da Venezuela, Nicolás Maduro. O presidente da Bolívia, Evo Morales, participará como observador, já que seu país é associado ao bloco e está em processo de incorporação como membro pleno.

AS/abr/dpa