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Bruxelas desmente acordo sobre mais tempo para Grécia sanear finanças

24 de outubro de 2012

Notícia sobre acordo entre Atenas e credores internacionais foi veiculada pelo jornal alemão "Süddeutsche Zeitung". Comissão Europeia e BCE declararam que prazo para redução do deficit público grego continua sendo 2014.

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An elderly supporter of New Democracy party waves a Greek flag in front of a smoke from flairs during an election rally at Syntagma square in Athens, Friday, June 15, 2012. Greeks cast their ballots this Sunday for the second time in six weeks, after May 6 elections left no party with enough seats in Parliament to form a government and coalition talks collapsed. (Foto:Petros Karadjias/AP/dapd)
SYMBOL Ein Mann schwenkt am Syntagma Platz in Athen die griechische FlaggeFoto: AP

A Comissão Europeia desmentiu nesta quarta-feira (24/10) notícias de que o prazo para a Grécia sanear suas finanças tenha sido prorrogado em dois anos. Um porta-voz do comissário de Assuntos Monetários, Olli Rehn, disse em Bruxelas que não pode confirmar a notícia, acrescentando que "ainda não há acordo algum" com o governo grego.

O Banco Central Europeu (BCE) também refutou a notícia de que a Grécia poderá ganhar mais tempo. "Até agora não houve um acordo final da troica com o governo grego", afirmou, em entrevista à TV alemã, Jörg Asmussen, membro do conselho executivo do BCE. "Estamos fazendo progressos em Atenas, mas ainda não chegamos lá", acrescentou.

"Se as metas fiscais fossem prorrogadas para mais dois anos, isso significaria que mais fundos de outros países do euro teriam que ser disponibilizados", explicou Asmussen, acrescentando não poder avaliar o quanto seria necessário em verbas adicionais.

O jornal alemão Süddeutsche Zeitung informou que a Grécia ganharia prazo até 2016, em vez de 2014, para reduzir seu déficit público para menos de 3% do PIB, teto exigido pela União Europeia (UE) . De acordo com a notícia, também estaria prevista uma ampliação dos prazos para a implementação das reformas no mercado de trabalho e no setor de energia gregos, bem como para privatização de empresas estatais e bens imobiliários. O diário se baseou na minuta de um memorando de entendimento negociado entre Atenas e os credores internacionais.

Nova parcela de ajuda

Hessen/ Joerg Asmussen, Chefvolkswirt im Direktorium der Europaeischen Zentralbank, spricht am Montag (14.11.11) in Frankfurt am Main auf der Lead Conference der Euro Finance Week. Nach Ansicht von Ackermann wird es immer schwieriger, auslaendische Grossinvestoren vom Kauf europaeischer Staatsanleihen zu ueberzeugen. Im Nahen Osten und anderswo fuerchteten moegliche Anleger, nach dem Kauf zu einer Lastenteilung aufgefordert zu werden, sagte Ackermann am Montag auf der Euro-Finanzwoche in Frankfurt am Main. (zu dapd-Text) Foto: Mario Vedder/dapd. // eingestellt von se
Jörg Asmussen, membro do conselho executivo do BCEFoto: dapd

Ainda segundo o Süddeutsche Zeitung, o primeiro-ministro grego, Antonis Samaras, poderia esperar para breve a liberação da próxima parcela de ajuda de quase 32 bilhões de euros. Entretanto, permanece ainda incerto, conforme o jornal, como o buraco no orçamento grego, originado pela ampliação do prazo, poderá ser fechado nos anos de 2013 e 2014. A publicação ressalta que, para tal, seriam necessários entre 15 e 18 bilhões de euros adicionais.

De acordo com informações obtidas pela agência de notícias alemã DPA, fontes ligadas ao governo grego dizem que, embora exista uma sollicitação neste sentido, as negociações sobre as condições para uma possível prorrogação do prazo ainda estão em andamento.

Berlim espera relatório da troica

Fontes do governo alemão afirmaram que tal determinação só será possível após o relatório da troica de credores, formada por UE, Fundo Monetário Internacional (FMI) e Banco Central Europeu (BCE).

O líder da bancada liberal no Parlamento alemão, Rainer Brüderle, afirmou ser contra uma ampliação prematura do prazo para a implementação de reformas na Grécia. Ele afirmou ser necessário aguardar o relatório da troica, antes de se tomar uma decisão similar. "O governo grego tem que concordar com medidas adicionais de austeridade e de reforma e deixar claro que está realmente disposto a fazer o possível para combater as causas de seus problemas", comentou o deputado e ex-ministro da Economia, membro do FDP, partido que forma a coalizão de governo alemã, junto com os democrata-cristãos,

MD/afp/dpa/rtr/ap
Revisão: Francis França