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Viagem

Bem-vindo à Floresta Negra

Giovana Vitola / Flávia Magalhães25 de março de 2006

Em Baden-Württemberg, estado no sul da Alemanha que faz fronteira com a França e a Suíça, é possível fazer um incrível passeio pela maior e mais bonita floresta do país: a Floresta Negra.

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Schwarzwald Norden: Blick auf Baiersbronn
Foto: picture-alliance

A Floresta Negra, ou Schwarzwald para os alemães, não é apenas uma das mais variadas, mas também umas das mais conhecidas áreas para passar férias no país. A região oferece muitas opções turísticas, agradando tanto a quem procura a adrenalina de esportes radicais quanto aos que preferem a tranquilidade das reservas naturais.

Cobrindo uma área triangular no Estado de Baden-Württemberg, no sul da Alemanha, a floresta possui aproximadamente 145 km de comprimento e 40 km de largura. Feldberg, a montanha mais alta da região, com 1.493 metros, é uma excelente pedida para esquiar no inverno e praticar escalada no verão.

Na companhia da bicicleta

Para quem gosta de pedalar, as condições para o esporte na região são ideais. São mais de três mil quilômetros de trilhas sinalizados para os mountain bikers. Os graus de dificuldade são diversos e agradam tanto aos iniciantes quanto aos mais aficionados do ciclismo.

O nome Floresta Negra originou-se da grande quantidade de pinheiros escuros que crescem na região. Mas vale ressaltar que a floresta em si não tem nada de escura. Na verdade, essa é a região que mais recebe sol na Alemanha, propiciando o cultivo de uva e a produção de vinho.

Intermináveis pinheiros e bétulas misturam-se com vilinhas de contos de fadas. É muito difícil encontrar alguma parte da floresta que não tenha sua beleza e charme próprios. Antigas e belas casas em estilo enxaimel dão um toque todo especial à paisagem. Na região, pode-se achar até mesmo spas, bem como pequenas, rústicas e coloridas cidades, frequentemente escondidas em vales de inigualável paz e beleza.

Turismo

A região registra cerca de 28 milhões de pernoites por ano nas 138 mil camas em hotéis e pousadas, além de 60 mil quartos em casas para temporada, o que destaca a importância da Floresta Negra para o turismo em Baden-Württemberg.

Águas termais, como as de Baden-Baden, Badenweiler e Bad Wildbad, têm uma longa tradição nessa área do país. Além disso, a sua localização é uma outra peculiaridade da região, um fato insólito, pois raramente tantas fontes estão em lugares tão próximos.

Muitas pessoas famosas, provenientes de todas as partes do mundo, já passaram pela Floresta Negra, seja para descansar seja para se divertir na natureza. No século 19, por exemplo, qualquer pessoa considerada importante na Europa vinha passar um tempo no local: imperadores, príncipes, membros da família de Napoleão, atores, escritores ou compositores.

Turgenev, Dostoiévski e Tolstoi também contemplaram a beleza da Floresta Negra. Victor Hugo foi um visitante frequente. Brahms compôs melodias na calmaria do cenário. Até mesmo a rainha Vitória passou suas férias na região. Ainda hoje a Floresta Negra faz parte dos planos de férias na Alemanha, tanto dos alemães quanto de quem não nasceu no país.

Chapéu de bolas (Bollenhut): indispensável nos dias de festa
Chapéu de bolas (Bollenhut): indispensável nos dias de festaFoto: picture-alliance/dpa/P. Seeger

Festas e costumes

A região da Floresta Negra guarda muitas tradições. Nos dias de festa, os trajes típicos saem dos armários e colorem as ruas. Não podem faltar, de maneira alguma, nos casamentos tradicionais.

O carnaval é uma das principais atrações da região. Máscaras de madeira invadem a rua e surpreendem os visitantes. Vale a pena conferir o belo trabalho de escultura dos objetos carnavalescos.

A região ganhou o mundo através da culinária. A torta Floresta Negra é uma das mais conhecidas e apreciadas na Alemanha, mas não se sabe ao certo onde a receita surgiu. Acredita-se que tenha sido na Suíça e que o nome tenha sido criado a partir de associações entre o chocolate raspado que serve de decoração à torta e as árvores da região. De qualquer forma, é possível degustar o clássico da confeitaria alemã em praticamente todos os restaurantes e bares da região.

A via dos relógios

Um relógio cuco é uma lembrança típica e bastante cara. Conta-se que Franz Ketterer criou o primeiro exemplar em 1740 em Schönwald, em plena Floresta Negra, e utilizou os elementos típicos da região para ilustrar a passagem do tempo: o canto dos pássaros e os caçadores.

Em 1991, foi criada a "rota alemã dos relógios": partindo de Villingen-Schwenningen em direção a Titisee-Neustadt (onde também fica o famoso Lago Titisee), seguindo por St. Märgen, Furtwangen, Schramberg e Rottweil. Cerca de 30 cidades fazem parte do roteiro, que inclui museus, fábricas e relógios monumentais.

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