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História

13 de novembro de 1974

(gh/av)

A 13 de novembro de 1974, o chefe da OLP compareceu pela primeira vez diante da assembleia das Nações Unidas para pedir à comunidade internacional o reconhecimento da luta do povo palestino pela independência.

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Yassir Arafat Porträt Archiv 2003
Foto: Jamal Aruri/AFP/Getty Images

Uma resolução de 1947 da Organização das Nações Unidas (ONU) já tratava citava um "futuro governo da Palestina". Exatos 27 anos mais tarde, o líder Yasser Arafat conseguiu que a Organização para a Libertação da Palestina (OLP) fosse reconhecida como único representante de seu povo.

No dia 13 de novembro de1974, ele compareceu pela primeira vez diante da Assembleia das Nações Unidas para pedir à comunidade internacional o reconhecimento da luta de seu povo pela independência. Até então, o Papa fora o único representante de um país não filiado à ONU convidado a discursar em plenário.

Bildgalerie Arafat UN Sicherheitsrat 1974 mit Pistole
O líder palestino na ONU, em 13/11/1974Foto: AP

Status definitivo

A partir daquele ano, passou a constar no plenário da organização uma placa com a inscrição "Palestina". Com esse pequeno triunfo, Arafat pôs em marcha seu plano para a formação de um novo Estado, com ou sem a aprovação de Israel. Em 1988, a OLP proclamou, do exílio, um Estado independente na região da Cisjordânia e Faixa de Gaza.

Os acordos de paz de Oslo assinados em 1993 determinam que israelenses e palestinos devem decidir em conjunto o status definitivo dos territórios palestinos. Israel é contra a criação de um Estado autônomo. Os Estados Unidos vêm sinalizando que não teriam objeções, se ambas as partes chegassem a um acordo.

O Estado sonhado por Arafat teria uma área de 6.257 km² e uma população de 2,7 milhões de habitantes, majoritariamente muçulmanos, com minorias cristã e drusa. Ele inclui os territórios da Faixa de Gaza, Cisjordânia e Jerusalém Oriental, ocupados por Israel na Guerra dos Seis Dias, em 1967. Segundo a declaração da ONU de 1948, que criou o Estado de Israel, Gaza e Cisjordânia fariam parte de um Estado palestino. Jerusalém Oriental teria um estatuto próprio.

Líder carismático

Em 30 anos como líder da OLP, Arafat soube como nenhum outro dirigente misturar sua trajetória pessoal à imagem de seu povo. Sob sua liderança, a OLP, criada em 1964, em Jerusalém, ganhou destaque internacional. Um grande erro político de Arafat foi ter apoiado o ditador iraquiano, Saddam Hussein, na invasão do Kuwait (agosto de 1990) e na posterior Guerra do Golfo (1991).

Esse erro lhe custou o apoio e centenas de milhões de dólares dos países do Golfo, e o enfraqueceu no cenário político mundial, obrigando-o a aceitar um plano de paz muito distante das aspirações palestinas. Arafat presidiu a chamada Autoridade Nacional Palestina (ANP) de 1996 até praticamente sua morte, em 11 de novembro de 2004.